Quem é a Fobia Social e como podemos tratar?

Segundo o DS-IV-TR (D'El Rey Gustavo; Pacini Carla, 2006), a fobia social é definida por um medo intenso e duradouro de uma ou mais situações sociais ou de desempenho social.  O medo na grande maioria das vezes está associado ao seu funcionamento social em inúmeras situações, como falar em público, ir a uma festa, um encontro romântico, dentre outros. (Furmark, Tillfors, Stattin, Ekselius & Fredrikson, 2000; Stein, Torgrud & Walker, 2000; D'El Rey Gustavo; Pacini Carla, 2006).

Os sintomas dos indivíduos diagnosticados com fobias sociais são hipersensibilidade á críticas, avaliações negativas a respeito de si mesmos, sentimentos de inferioridade podendo haver uma baixa autoestima e grande dificuldade em serem assertivas. (Lamberg, 1998; Stopa & Clark, 1993; D'El Rey Gustavo; Pacini Carla, 2006).

Foi previsto que indivíduos com fobia social sofrem de um grande déficit de habilidade social levando-o a se comportar de maneira inadequada, como por exemplo ao iniciar uma conversa com uma pessoa estranha, comportamentos de paquera, comportar-se em uma entrevista de emprego, deixando-a assim em uma situação desconfortável e possivelmente em sofrimento. (Mersch, 1995; Öst, Jerremalm & Johansson, 1981; D'El Rey Gustavo; Pacini Carla, 2006).

Se pensarmos no modelo-cognitivo da fobia social proposto por Heimberg Juster Hope e Mattia (1995) nos baseamos na predisposição do desenvolvimento da fobia, que pode ser herdada ou gerada por fatores da infância ou adolescência. Tais motivos externos incluindo pais com ansiedade social, padrões exagerados de perfeição em seu funcionamento, superproteção e/ou isolamento dos contatos sociais. Estes autores explanam que fatores vividos na infância e adolescência aumentam substancialmente a probabilidade de o indivíduo ter situações sociais com sofrimento, de modo que queiram evita-los. Com isso as pessoas acabam criando cognições de que as situações sociais são perigosas e que a única maneira de se proteger é evitando, sendo assim podem antecipar pensamentos de humilhação e embaraço; e quando não conseguem evitar o convívio social sofrem em demasia antes e durante a situação.

Para o tratamento da fobia social pesquisadores tem focado sua atenção a terapia cognitivo-comportamental e a farmacoterapia na fobia social (Liebowitz, 1999). A TCC da fobia social, tem como as principais técnicas a exposição, reestruturação cognitiva, técnicas de relaxamento e treino de habilidade sociais (Heimberg, 2001; Lincoln, Rief, Hahlweg, Frank, Schroeber & Fiegenbaum, 2003).